Foto: Reprodução Instagram Koninklijk Huis
Aos 52 anos, completados no dia de hoje, 17 de maio de 2022, a Rainha Máxima é referência quando o assunto é produção elegante e sofisticada. Ela traz um twist moderno ao famoso conto de fadas, apesar dos encalços e provações enfrentadas ao longo de sua trajetória até o trono. Sendo uma das poucas rainhas com dupla nacionalidade, abraça com orgulho suas origens argentinas tanto quanto o seu reinado nos Países Baixos e carrega as responsabilidades com grande estilo. Tanto nos almoços com o Rei Willem-Alexander quanto nas reuniões com o conselho das Nações Unidas, está sempre impecável.
A seguir contamos um pouco da origem e da trajetória dessa mulher e profissional de destaque no cenário político, bem como no mercado financeiro.
Quer saber mais sobre esse ícone fashion da realeza? Então confira a seguir a trajetória da atual rainha da Holanda, Máxima Cerruti.
Foto: Reprodução/Hola! Magazine
ORIGEM
Máxima Zorreguieta Cerruti nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 17 de Maio de 1971. É filha de Jorge Zorreguieta, ex-ministro da ditadura militar argentina, e de María del Carmen Cerruti Carricart. Como um membro da renomada família Zorreguieta, a monarca carrega grande estima política e social em sua ascendência. Ela cresceu na capital argentina, em meio à nobre vizinhança de Recoleta, no distrito histórico da cidade. Durante a infância, frequentou a tradicional escola bilíngue de Northlands e, na adolescência, estudou na Pontifícia Universidade Católica Argentina (UCA), onde se graduou em Economia. Durante o período do curso, Máxima trabalhou no “Mercado Abierto SA”, onde atuou com pesquisa de softwares para o mercado financeiro.
SUCESSO NO MERCADO FINANCEIRO
Após sua formatura, Cerruti mudou-se para Nova Iorque, EUA, donde veio a se tornar um grande nome do mercado bancário. Em julho de 1996 começou a trabalhar no HSBC James Capel Inc. Não demorou muito para que sua aptidão para finanças a fizesse crescer na empresa, conquistando, em pouco tempo, o cargo de vice-presidente de vendas institucionais para a América-Latina. Permaneceu no cargo até julho de 1999.
RELACIONAMENTO REAL
Máxima conheceu o então príncipe regente Willem-Alexander em abril de 1999, em uma festa durante o Festival da Primavera de Sevilla, na Espanha. Na ocasião, o príncipe apresentou-se apenas como “Alexander”, sem mencionar sua identidade real. Duas semanas após o primeiro encontro, os dois voltaram a se encontrar, desta vez em Nova Iorque, onde deram início ao relacionamento.
Foto: Reprodução/Pinterest
Não demorou muito para fotos do casal estamparem os jornais e colunas sociais, todavia o povo holandês não foi tão receptivo com a união, levantando certa controvérsia sobre o envolvimento do príncipe com uma Zorreguieta. Isso ocorreu devido à má reputação e a certo repúdio público em relação ao pai de Máxima, que teve envolvimento com a ditadura militar argentina e com o período conhecido como “Guerra Suja” (Dirty War, em Inglês), o qual causou uma grande era de opressão no país. Mesmo assim, a relação dos dois manteve-se forte.
O CASAMENTO
Máxima e Willem-Alexander anunciaram o casamento em 30 de março de 2001. No pronunciamento, transmitido ao vivo para todo o país, Máxima comunicou-se com a nação holandesa na língua nativa dos Países Baixos, apesar da fluência básica e conversacional. Menos de um mês após o anúncio do casamento, a argentina ganhou cidadania holandesa por um decreto real oficial, mantendo as duas nacionalidades.
Em menos de um ano, o casamento foi aprovado pelo General de Estado Holandês, uma medida necessária para que o príncipe Willem pudesse manter sua regência e seu título. O casamento aconteceu no início de fevereiro de 2002, com cerimônia civil realizada em Beurs van Berlage, Amsterdã, seguida do cerimonial religioso na Nova Igreja de Amsterdã.
Para a cerimônia, Máxima optou por vestir um modelo exclusivo assinado por Valentino, cujo design incluía uma silhueta modesta, simples e sofisticada com gola canoa, mangas 3/4 e uma capa com cauda de 5 metros. Sobre o look usado pela noiva, o jornal nacional de Volkskrant declarou que “os Países Baixos teriam finalmente uma verdadeira princesa de contos de fada. Mesmo que seja apenas por um dia”.
Devido à controvérsia política envolvendo a família da noiva, seus pais não participaram do casamento.
FAMÍLIA
Logo após o casamento, os noivos foram morar em uma casa no distrito tradicional de Noordeinde, na cidade costeira de The Hague, no norte do país. Entretanto, na primavera de 2003, mudaram-se para a Villa Eikenhorst, no estado De Horsten, em Wassenar. Em 7 de dezembro do mesmo ano, nasceu a primeira filha do casal, Catarina Amália, a Princesa de Orange, e, dois anos depois, as princesas Alexia (26 de Junho 2005) e Ariane (10 de Abril de 2007), que completam a família real.
Foto: Reprodução/Holland.com
REINADO
Em 30 de Abril de 2003, Máxima ascendeu ao trono como Rainha Consorte da Holanda ao lado do marido, o agora Rei Williem-Alexander, após abdicação voluntária da Rainha Beatrix ao trono em honra ao filho. O novo casal real assumiu a coroa no mesmo dia, com uma cerimônia de abdicação e uma grande procissão que seguiu do Palácio Real até a Nova Igreja de Amsterdã. Durante a cerimônia, Máxima usou um vestido de gala cerimonial monocromático em azul-cobalto, adornado em cristais e desenhado especialmente para a ocasião pelo designer holandês Jan Taminiau.
Após sua coroação, a Rainha Máxima continuou sua luta pelos direitos dos imigrantes na Holanda, agindo ativamente em questões vinculadas ao relacionamento diplomático e social do país. Em 2009, foi apontada como a Advogada Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para o Financiamento Inclusivo para o Desenvolvimento, posição que ocupa até hoje. O cargo foi concedido por Ban Ki-Moon, secretário-geral da União, a fim de mostrar a importância de sistemas de desenvolvimento financeiro de países subdesenvolvidos e ajudar a combater a pobreza e a fome com auxílio de crédito e de programas de previdência e saúde.
ESTILO
Uma das maiores fashionistas da realeza europeia, a Rainha Máxima da Holanda carrega um estilo tradicional, clássico e elegante que desperta a atenção. Suas produções apresentam as últimas tendências, variando entre o clássico tradicional e looks criativos e contemporâneos, normalmente coloridos e combinados com belas joias e sapatos. Silhuetas bem estruturadas e clássicas em evasê e saltos minimalistas são as preferências da monarca. Sua estética é uma colisão entre cores vibrantes e tons neutros, claros e nudes.
Seus looks diários incluem blusas e vestidos de tecidos leves, saias lápis e calças de alfaiaria em estilo pantalona. Umas das suas principais características imutáveis é sua perfeita coesão de combinações, que tendem a seguir uma paleta monocromática. Entretanto, apesar de em menor escala, estampas e peças contrastantes também fazem parte de seu guarda-roupa. Entre os queridinhos da monarca estão capas, blazers e sobretudos de ombro, que trazem um ar rústico e office, ainda que real, aos seus looks.
Portanto, uma das principais características de Máxima talvez seja a variedade de suas escolhas. Suas produções mudam constantemente, seguindo tendências, normas de vestimenta, ocasiões ou até mesmo seu próprio humor e sua personalidade. A monarca é com certeza uma fashionista nata, e não se deixa definir por qualquer estilo senão o próprio, o que torna seu visual único.