Crédito das fotos: Jacques Brinon/AP/Arquivo e Marco Bertarello/AFP
No apagar das luzes de 2020, o mundo dá adeus a um dos grandes gênios da alta-costura, Pierre Cardin. O estilista morreu neste 29 de dezembro, aos 98 anos, em Paris.
Nascido na região do Vêneto, Itália, em 1922, e naturalizado francês, Pierre Cardin ficou conhecido por muitos feitos na cena fashion mundial. Entre eles, o primeiro estilista de alto luxo a desenhar uma coleção “prêt-a-porter”, ou seja, uma linha de roupas pronta para vestir, e que atendeu aos anseios de um público que não tinha acesso às grandes grifes da época.
Assim, seu estilo futurista e geométrico, com foco em formas esculturais e abstratas, se notabilizou na moda francesa do pós-guerra.
Mas, antes de criar a sua própria grife, o estilista trabalhou para conhecidas maison de luxo da França, como Christian Dior. Na passagem pela maison, ele colaborou com a criação do emblemático Tailleur Bar, um 1947, uma das peças mais famosas da Dior até hoje.
Entre outro feitos, foi o primeiro estilista a considerar os mercados asiáticos, como Japão e China, além da Rússia, como de interesse para a moda de luxo. Cardin também ajudou a popularizar o estilo unissex e foi pioneiro ao criar coleções exclusivamente masculinas.
O estilista também inovou ao inserir novos materiais em suas criações, como roupas feitas de vinil e peles falsas. Aliás, das peças mais famosas que criou, está o “vestido bolha”, lançado em 1954, fruto de sua primeira coleção de alta costura.
Por fim, sua grife homônima está presente em mais de 140 países e suas licenças vão além do universo da moda, englobando outros produtos, como bicicletas, cigarros e até cortinas.
