Imagens Alta-Costura 2021: Divulgação
O primeiro dia da Semana de Alta-Costura de Paris, nesta segunda-feira (25), contou grifes renomadas no cenário fashion. Portanto, confira as principais apresentações de Primavera/Verão 2021 da data:
SCHIAPARELLI
A grife italiana mais uma vez traz um toque do movimento artístico surrealista para as produções. No entanto, em vez de volumes exagerados e muita feminilidade, o diretor criativo Daniel Roseberry focou em mulheres modernas, práticas e estilosas.
Além disso, uma imagem feminina mais heroica e poderosa, com inspirações tiradas do icônico sutiã de Madona, por exemplo, mostra uma mudança na mentalidade da alta-costura.
Então, os polêmicos bustiês que lembram “tanquinhos” entram em cena: eles, na verdade, são uma homenagem a Elsa Schiaparelli, fundadora da marca. E mais: foram feitos em manequins realísticos da própria estilista.
IRIS VAN HERPEN
Moda, ciência e tecnologia se unem. As peças em impressão 3D são a marca registrada e contemporânea da estilista homônima. Para a coleção desta temporada, a grife colabora com Parley for the Oceans e, assim, reutiliza plásticos reciclados em materiais sustentáveis.
Aliás, no mesmo mood, uma das referências foi Entangled Life, um livro escrito por Merlin Sheldrake, sobre como os fungos sustentam a vida na Terra. Por isso, as pregas e volumes das silhuetas estão relacionados aos cogumelos.
CHRISTIAN DIOR
O Tarot é o tema central da Dior para a temporada de Primavera Verão 2021. Como nas coleções anteriores, a designer Maria Grazia Chiuri opta por seguir inspirações místicas.
Em vídeo postado nas plataformas digitais, uma interpretação sobre a história de uma garota que entra em um castelo e encontra a Alta Sacerdotisa, a Temperança, a Justiça e a Morte, todas cartas de tarot.
Corpetes, espartilhos, cintura alta e um toque renascentista dão charme e contexto para as inspirações de Chiuri, que focam em Christian Dior. De acordo com entrevista para a Vogue Fashion, a estilista afirma que ele entrou em contato com a prática.
“Ele descobriu o Tarot na Segunda Guerra Mundial, quando sua irmã Catherine, que fazia parte da Resistência Francesa, desapareceu… Acho que ele estava muito preocupado; tentando encontrar esperança em alguns sinais.”
Assim, atrelada às suas raízes italianas, outra referência veio do estudo do primeiro baralho conhecido, o Visconti-Sforza. Criado por Bonifacio Bembo, por volta de 1400, para a família do Duque de Milão. Por fim, três séculos mais tarde, o tarot ganharia popularidade na França, país natal da alta-costura.
GIAMBATTISTA VALLI
Por fim, seguindo o sucesso da última coleção de haute couture, a grife focou nas formas exageradas. Enquanto entra em contraste direto com a primeira apresentação do dia.
“Couture não é decoração. Couture tem a ver com volumes”, afirmou Valli para a Vogue Fashion. Por isso, recortes enviesados, degradês e tafetá ganham destaque. Silhuetas românticas, com fitas plissadas e formas clássicas também chamaram a atenção.
Inspirado na cultura espanhola e islâmica de Sevilha, o estilista homônimo demonstra uma estética originada da mistura histórica e mostra uma tendência a valorizar as diferentes origens que formam a moda.