A saia midi já existia na sociedade desde a Antiguidade, porém costumava ser usada inicialmente, por homens. Nos dias de hoje, é mais apreciada pelo público feminino, sendo a favorita quando o assunto é elegância. Isso fez com que entrasse para a lista de vestimentas revolucionárias do universo fashion.
Nos anos 20, os vestidos longos que ditavam parâmetros conservadores perderam alguns centímetros com a admissão de mulheres no mercado de trabalho. Nesta época, Coco Chanel aderiu a este modelo de saia transformando o ambiente industrial para o público feminino, após a Primeira Guerra Mundial.
As tarefas exigiam agilidade e as saias longas e pesadas dificultavam o processo. Com o encurtamento do comprimento, veio também a maior liberdade dos movimentos. Este impulso progressista abriu portas para que outros estilistas visionários adotassem o “novo” estilo.
A ERA DO “NEW LOOK” DE DIOR
No final de 1945, com o desfecho da Segunda Guerra Mundial, o mundo passou por diversos problemas, inclusive econômicos, que levaram a medidas drásticas. O impacto deste evento pôde ser visto no âmbito de produção de roupas e nos vigentes parâmetros para a fabricação, bem como o racionamento de tecidos e aviamentos.
Durante o período de conflito, as roupas tinham como característica principal bainhas encurtadas, silhueta Y, cores sóbrias e opacas. Por possuírem baixo custo e serem delimitados pelo exército britânico, ganharam o nome de “vestuário utilitário”.
Trazendo um novo conceito pós-guerra, batizado de “New Look”, Christian Dior teve como objetivo retomar o que o confronto havia tirado: a feminilidade. Indo na direção contrária de uma época que economizava em matéria-prima e mudando drasticamente a forma que as mulheres se vestiam, o novo visual se traduziu em uma palavra: luxo.
Sua primeira coleção era feita de peças com cintura marcada, saias rodadas e busto natural. Dentre as roupas, uma em específico se destacou: o “Bar Suit”. Marcada por ombros arredondados, silhueta afinada com corset embaixo de um blazer feito de seda, longa saia plissada midi em crepe de lã, chapéu e salto, o visual criado era de fato inédito e recebeu excelentes críticas, atingindo não só a elite, mas também donas de casa do mundo inteiro.
O tamanho midi, que começa após o joelho e vai até quase o fim da panturrilha fez tanto sucesso, que até hoje a marca reproduz a estética em seus desfiles como símbolo de sofisticação. Confira alguns modelos de Maria Grazia Chiuri, diretora criativa da Dior, que vão desde saias, vestidos até casacos:
O COMPRIMENTO MIDI NOS DIAS DE HOJE
Após Christian mudar o cenário dos anos 40, os trajes neste comprimento nunca mais saíram de foco, passando por diversas transformações e ganhando versões em uma variedade de tecidos.
Atualmente, se tornou grande aposta de celebridades em tapetes vermelhos, eventos casuais, formais e até para um look do dia mais despretencioso. Descubra os grandes nomes que não abrem mão do comprimento:
Fonte: Elle Brasil e revista L’officiel