Bom, provavelmente você já viu esta tendência na cintura de muitos por aí: o “cord belt”, com tradução para o português “cinto de corda”, pode ser o próximo novo investimento para o inverno. Essa opção, que foge dos acessórios normalmente mais visíveis, como colares e brincos, pode ser meio inesperada à primeira vista, mas é capaz de ser amplamente estilizada em muitos looks, e nós iremos trazer inspirações para o dia a dia.
Como o Cord Belt se Apresenta na Passarela?
Nos desfiles de marcas como “Fear of God” e “Christopher Esber”, os cord belts apareceram com textura em couro sobre casacos de faux fur e na alfaiataria. Como se pode observar, se adaptam muito bem a roupas mais pesadas sem conferir um aspecto estranho à produção, sendo um grande aliado visual para transformar rapidamente o cenário invernal. Inclusive, há possibilidades em outros materiais, como tecido, e produções artesanais com características trançadas.
Já a rainha do clássico Carolina Herrera abordou o cord belt para a moda festa em lindos vestidos, um com babados e outro mais estruturado, onde em ambos é possível definir muito bem a silhueta com o acessório, demonstrando sua versatilidade.
Você Sabia?
Tempos atrás, os patinadores utilizavam uma outra versão do cord belt de maneira preventiva para evitar lesões no abdômen causadas por fivelas enquanto treinavam e competiam. Por isso, começaram inicialmente a utilizar cadarços como cintos, sendo os precursores desse estilo que, posteriormente, aumentou a taxa de uso entre os homens, evoluindo para outras vertentes mais refinadas e modernas, como observamos nos dias de hoje.
Conheça o “Kumihimo”: Outra Técnica e Opção Presente ao Redor do Mundo
Falando em cord belts no formato artesanal tradicional, o Japão nos presenteia com os cordões chamados “Kumihimo”, trançados intrincados e altamente funcionais que exploram profundamente as cores e padrões, possuindo uma longa história que remonta a 700 d.C.
Originários do continente chinês e da península coreana, quando o “Kumihimo” chegou ao Japão pela primeira vez, limitava-se apenas à decoração de itens budistas e pergaminhos. No entanto, devido à sua elasticidade e bela aparência, passaram a ganhar mais popularidade em uma ampla gama de áreas, principalmente para a célebre vestimenta Kimono, bem como enfeites de espadas samurais.
Sua mão de obra primorosa os torna muito prestigiados e englobam colares, pulseiras e amuletos, sendo tão enraizados na cultura que possuem até um museu próprio. O Kumihimo também é incorporado no mundo da alta moda e, em 2001, já fez parte de uma coleção esportiva, materializado como cadarço.
Migrando para as Ruas
Olhando para as ruas, a aplicação do cord belt se torna ainda mais abundante, encaixando-se literalmente em todos os aspectos do cotidiano. Em uma alfaiataria oversized, ele cria uma consistência mais sporty chic.
Em casacos corta-vento e trench coats, indispensáveis para o clima mais frio, atribui-se uma estética “it girl” descolada.
Pode elevar também a outro nível uma simples peça como um macacão, acrescentando informação de moda e promovendo um ajuste que contorne o corpo, deixando o look mais interessante.
E se você é daquelas “workaholics” que nunca sai do escritório e precisa sempre ter aquele look coringa para o trabalho, não se preocupe. Use o cord belt na sua forma mais pontual, como cinto para calça, e você verá sua composição se transformar.
E para quem não abre mão da saia, veja esta ideia: aposte em um modelo de cord belt mais minimalista e fino, e uma matéria-prima mais resistente, perfeito para um happy hour com amigos ou até uma festa.
Dicas dadas, agora é hora de incluir o acessório no guarda-roupa e montar looks mais modernos.
Fotos: Claudio Lavenia, Funky forty e ImaxTree