A sexta-feira (29/09) de Paris Fashion Week apresentou coleções mais leves e acessíveis e uma moda focada em praticidade, em comparação aos outros dias, marcados por um forte hype de tendências passadas. Descubra mais lendo a matéria sobre as principais marcas do quinto dia.
LOEWE
Jonathan Anderson conseguiu unir usabilidade em silhuetas e modelagens “clean”, mantendo o DNA marcante da Loewe.
O tricot assumiu a forma de um casaco similar a um cobertor com grandes botões dourados, nas cores vermelho vivo e neutras, como: off-white e cinza. Tops em 3D, ornados com estrelas douradas e prateadas foram combinados a calças mais soltas, dando um ar de leveza e harmonia, tudo que uma coleção Ready-to-wear pede.
Saias fluídas, com babados e cauda, contrastaram com sweaters sobrepostos a flanelas e, em contraposição a este estilo mais descontraído, looks sóbrios em couro e alfaiataria oversized ocuparam o centro da passarela.
O drapeado da Loewe ganhou forma em um tecido malemolente que deu vida a um vestido sem alças, perfeito para a noite. Além disso, um acessório muito importante predominou: a famosa Squeeze Bag da marca. A bolsa se destacou em vários tamanhos e cores.
GIAMBATTISTA VALLI
Parece clichê, mas sim, aposte nos florais para a Primavera. O favorito da semana de moda continua a se sobressair nas coleções e foi a vez de Giambattista Valli exibir suas poderosas criações femininas, com estampas exclusivas de flora e fauna.
A marca não foi a única a apostar nas flores em 3D, mas fez isso com delicadeza e romantismo, adicionando rosetas na altura dos quadris e nos bustos de vestidos. Lindos bordados e rendas não faltaram e complementaram o cenário gracioso.
As cores acompanharam essa dinâmica leve em tons de rosa, verde e monocromáticos, confira as peças:
NINA RICCI
Harris Reed depositou seu olhar queer na marca e abordou uma perspectiva de gênero fluído. Sua coleção aposta no “mais é mais” e tem uma inclinação para roupas exuberantes de noite.
Vestidos curtos babydoll, tops e peças ornamentadas com laços, alfaiataria de veludo e um esplêndido terno em couro metalizado reluzente, fizeram uma declaração maximalista para a Primavera/Verão 24.
Uma das roupas que mais chamou a atenção foi o longo com estampa de zebra, que carregou na saia um top em tamanho ampliado, enquanto a parte de cima era composta por um decote que fez alusão a uma jóia.
Pontualmente, o designer abrangeu algumas das tendências mais vistas na Fashion Week, como é o caso da transparência e os conjuntos de blazer combinados a mini shorts de cintura alta. Veja na galeria:
VICTORIA BECKHAM
Victoria Beckham define sua coleção como pessoal e muito importante para sua carreira. A designer e mega artista pop, buscou referências na dança e no estilo de vida britânico.
Seu sucesso é crescente, e, a partir de uma coleção baseada em seu estilo de vida e experiências, percebemos mais maturidade, equilíbrio e cada vez mais refinamento na modelagem das peças. A estilista é um espelho para muitas mulheres no campo fashion e isso provavelmente está ditando como ela apresenta suas roupas.
Seu lado artístico aflorou aos três anos de idade, quando começou a praticar ballet e, anos mais tarde, a levou para a fatídica audição das Spice Girls. O campo britânico foi manifestado por meio de galochas, sapatos brogue, trench coats e blazers.
Victoria trouxe para a passarela a perspectiva de uma alfaiataria mais urbana e vem recebendo boas críticas sobre as peças desconstruídas desenvolvidas para a temporada. Veja mais:
COPERNI
A Coperni apostou na tecnologia e ofereceu uma experiência única a partir de ruídos. “Forms of Attunement” é o nome escolhido para a coleção que conecta roupas a harmonia da sonoridade.
Unindo antigo e vanguarda, a Primavera Verão 2024 da marca é uma exploração lírica do reino elusivo do som. O desfile aconteceu dentro das câmeras acústicas do IRCAM (instituição francesa dedicada à pesquisa e à criação de música contemporânea) e levou o público para uma viagem sensorial, onde o barulho dos tecidos e demais adereços da peças compuseram uma sinfonia.
O tema gira em torno da sedução, a dança íntima de vestir e despir, a linguagem não falada do estilo. O show ficou ainda mais interessante quando a narrativa ganhou vida através de tecidos como organza, do estalido dos bordados de lantejoulas e barulho dos zíperes metálicos.
As roupas foram usadas como instrumentos de expressão, fragmentos que captam a essência do momento presente. Descubra mais na galeria: