As joias têm uma história rica e fascinante, que remonta há milhares de anos.
Desde os tempos mais antigos, quando eram usadas como símbolo de status, e para fins religiosos e ritualísticos, até mais recentemente, quando entraram definitivamente para o universo da moda, elas seguem brilhando no curso da Humanidade.
Quer conhecer um pouco dessa história? Confira a seguir como elas mantiveram o seu prestígio ao longo do tempo.
O fascínio das joias no Egito Antigo e na Grécia
Muito admiradas no Egito Antigo, as joias costumavam enfeitar faraós e integrantes da nobreza egípcia. Eram confeccionadas com materiais nobres, como ouro e pedras preciosas, como a turquesa.
Não era raro receberem amuletos com significados religiosos e simbólicos. O mais icônico exemplar de joia egípcia é o famoso colar do faraó Tutancâmon.
Créditos: Ilustração: R. Cohon, Copyright M. Gabolde
Já na Grécia Antiga, as joias se caracterizavam pela riqueza de detalhes, com inspiração na mitologia e na natureza. Eram comumente confeccionadas em ouro, prata e pedras preciosas.
Enquanto as coroas eram usadas em ocasiões especiais, os brincos eram bastante populares. Os colares, por sua vez, eram frequentemente usados tanto por homens quanto mulheres.
Joias na Idade Média
Na sociedade medieval, as joias representavam muito mais do que simples adornos. Eram símbolos de poder, fé e identidade.
As técnicas de esmaltação e incrustação de pedras preciosas eram muito populares. Nessa época, a Igreja Católica influenciava fortemente o design das joias, com uma grande diversidade de peças com símbolos religiosos.
O Broche de Tara é um dos exemplares mais icônicos e bem preservados da joalheria medieval. Datado do século VII, o broche é uma obra-prima que marca a habilidade artesanal celta irlandesa.
Com seu design intrincado e uso de materiais preciosos, como prata, ouro e âmbar, é um bom exemplo do alto nível de sofisticação e técnica dos ourives da época.
A inovação das joias no Renascimento
No Renascimento, o design de joias experimentou um período de criatividade e inovação, influenciado por avanços na tecnologia, pela redescoberta da antiguidade clássica e pelo crescente comércio global. Por isso mesmo, as peças eram frequentemente inspiradas pela arte clássica e a mitologia.
A descoberta do Novo Mundo, por sua vez, levou novas gemas e materiais para a Europa. Os colares de pérolas, os broches e os anéis eram especialmente populares entre a nobreza.
Era Moderna leva diversidade à joalheria
Já na Era Moderna, as joias tiveram forte influência de movimentos artísticos diversificados, avanços tecnológicos, mudanças sociais e da própria globalização. Por isso, as joias criadas nesse período refletem uma evolução contínua de estilos, técnicas e materiais.
Durante o século XVIII, por exemplo, as joias representaram todo o esplendor e a opulência das cortes europeias. O estilo Rococó, com suas formas leves e ornamentadas, era predominante.
No século XIX, o movimento romântico trouxe uma apreciação por joias de cunho sentimental, como medalhões e broches, muitos deles contendo, inclusive, cabelo de entes queridos. Joias com motivos naturalistas, como flores e folhas, também se destacavam.
O início do século XX viu a ascensão do movimento Art Nouveau, que celebrava formas orgânicas e motivos inspirados na natureza. Já o período Art Déco (década de 1920 e 1930) trouxe um estilo mais geométrico e modernista, com o uso de platina e diamantes.
Joias de grife ganham popularidade no século XX
A segunda metade do século XX viu a popularização das joias de grife e também a ascensão de designers renomados, como Cartier, Tiffany & Co., e Bulgari.
No tapete vermelho de eventos de gala, como o Festival de Cannes e o Oscar, as joias passaram a atrair os holofotes. E até hoje, iluminam os looks das celebridades e fazem enorme sucesso entre os amantes da moda.
Das mais icônicas já vistas, destaque para o colar de diamantes usado por Nicole Kidman, na cerimônia do Oscar de 2008. Avaliado no valor US$ 7 milhões, tem 7.645 diamantes, totalizando 1.400 quilates e levou mais de 6 mil horas para ser concluído.
Kate Winslet, no Oscar de 2010, também brilhou com um conjunto de brincos, colar e bracelete de diamante amarelo, uma das gemas mais raras e caras já descobertas na natureza. Essa preciosidade é uma criação da Tiffany & Co. e, no total, ultrapassa os US$ 3 milhões.
Joias sempre joias
Como vimos, as joias se fazem presentes na história da Humanidade desde sempre. Desde os adornos simples das primeiras civilizações até as criações mais luxuosas das eras modernas, seguem despertando fascínio e poder, e encantando pessoas em todo o mundo.
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