Crédito das imagens: Instagram
A influência das redes sociais na moda e no comportamento de consumo viveu um boom nos últimos anos. Celebridades e influencers se tornaram grandes embaixadoras das marcas em espaços como Instagram e TikTok, exercendo forte influência sobre as escolhas do público.
Mas até quando esse movimento irá prosperar? Já há indícios de um cansaço do público em conteúdos embalados e até certo ponto superficiais. Partindo desse pressuposto, grifes famosas já começam a repensar o marketing de influência bem-sucedido praticado até aqui. Há uma tentativa de inovar e ampliar a profundidade da comunicação.
Recentemente, o jornal francês Le Monde trouxe uma matéria sobre o assunto, revelando os novos formatos adotados por algumas das mais reconhecidas marcas de luxo do mundo quanto às formas de influência praticadas.
A publicação trouxe como exemplo o movimento dessas marcas em recrutar escritoras mulheres, por exemplo, para exercer o papel de influenciadoras. Uma delas é a Chanel. A famosa grife francesa aposta em encontros literários com autoras renomadas. O resultado é transformado em podcasts e vídeos no YouTube. Tudo muito diferente da instantaneidade e superficialidade dos conteúdos que habitam as redes.
A seguir você assiste a um desses encontros, com a participação da escritora Anne Berest:
E os exemplos não param por aí. Durante a semana de moda de Nova York, em fevereiro, a marca Proenza Schouler também inovou, ao apostar em um comunicado de imprensa bem diferente do convencional. O público recebeu um conto intitulado Where We Go Next, ficção assinada pela escritora americana Ottessa Mosfegh, autora do best-seller Meu ano de descanso e relaxamento. Outro recurso fora dos padrões e que evoca a profundidade da literatura para falar de moda.
A Valentino, por sua vez, no projeto Narratives, convidou 17 autores para criar textos ficcionais sobre o tema “Amor”. A partir do convite, o diretor criativo da marca, Pierpaolo Piccioli, propôs que eles criassem layouts de campanhas a partir da produção textual, sem fotos ou roupas, apenas conteúdo escrito mesmo. Abaixo, você vê o resultado:
A partir disso, fica a pergunta: é possível repensar a influência sob outro prisma? Exemplos não faltam para provarmos que sim!