MÃE, MULHER E ADVOGADA, ALESSANDRA VELLOSO É UM EXEMPLO DE LIDERANÇA E EMPREENDEDORA DE SUCESSO. COM COMPETÊNCIA, CONHECIMENTO E SEGURA NO QUE FAZ. HÁ MAIS DE 15 ANOS É SÓCIA-FUNDADORA DA VELLOSO ADVOGADOS ASSOCIADOS, ESCRITÓRIO LOCALIZADO EM PORTO ALEGRE, COM FILIAL EM CURITIBA, QUE ATUA NO RAMO DO DIREITO BANCÁRIO, CÍVEL, EMPRESARIAL E DE RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO. DESDE O INÍCIO DA PANDEMIA ATÉ AGORA, A EMPRESÁRIA VIU SEU QUADRO DE FUNCIONÁRIOS SALTAR DE 20 PARA 110 COLABORADORES.
Crédito das imagens: Pedro Heinrich
A trajetória profissional de Alessandra começou desde o seu ingresso no curso de Direito: “Eu trabalhei desde o momento em que entrei na faculdade. Procurei aquilo que eu queria fazer e logo fui trabalhar em um escritório de advocacia. Procurei conhecer o mundo onde eu ia conviver, que foi o Tribunal de Justiça, e amei desde o primeiro momento”, lembra. Dessa forma, no escritório onde teve a sua primeira experiência profissional, Alessandra diz ter sido muito bem acolhida e foi lá que aprendeu muito do que sabe hoje. “Não tenho dúvidas de que esse acolhimento, esse aprendizado foi importante na minha trajetória. Eu nunca esperei ninguém fazer por mim. Eu sempre fui um passo à frente de tudo aquilo que eu me propus a fazer”, diz.
Para as mulheres que desejam ser reconhecidas na sua área profissional e mesmo empreender, Alessandra tem um recado: “O que eu considero muito importante é a gente acreditar em si mesma. Eu vejo muita gente com potencial, mas que não chega lá porque não acredita em si. Eu sempre acreditei em mim. Também sou uma pessoa de muita fé e sinto que Deus sempre me ilumina para eu saber o caminho que devo seguir. Quando a gente tem autoconfiança, pro atividade, e fé, sempre chega aonde quer chegar”, diz.
Ela também destaca a importância da família nesse processo. “Por trás de tudo isso vem a família. Para quem tem respaldo familiar, é mais fácil. Meu pai, desde que eu entrei na faculdade, sempre me incentivou a trabalhar, a conciliar os estudos com uma experiência profissional. Então fui trabalhar no Fórum, no Tribunal de Justiça, onde aprendi muito e fiz muitos relacionamentos”, explica. Sobre conciliar o papel de mãe, advogada e empreendedora, Alessandra afirma não ser tarefa das mais fáceis. “Tem dias que a gente acha que não vai conseguir, mas sempre se dá um jeito. Como diz a expressão popular: “a gente faz tudo o que os homens fazem, e ainda de salto alto. Sempre bonita, maquiada, com a mão feita, porque não dá pra deixar a peteca cair, né?”, brinca.
Ela acrescenta ser fundamental destinar um tempo para trabalho, filhos e amizades. “Procuro me dedicar muito àquilo que eu faço. Eu amo trabalhar. Tenho muito prazer em ir para o escritório. Assim como eu tenho muito prazer em ser mãe, em ser esposa, em ser amiga, porque as coisas são gratificantes pra mim. Eu adoro tudo isso. Às vezes eu acho que eu não vou conseguir, porque eu quero dar mais de mim para as coisas e me frustro. Então a gente tem que aprender a lidar com a culpa, com a frustração, com dias difíceis, melhores, e saber que a vida é feita de momentos, porque, quando eu estou no trabalho, estou feliz. Quando eu estou na minha casa, estou feliz. E quando estou com as minhas amigas, estou igualmente feliz. A gente tem que buscar o equilíbrio”, completa.
RESILIÊNCIA À FRENTE DOS NEGÓCIOS
Para quem empreende, a resiliência é companheira de todas as horas. E com Alessandra não é diferente. Ela relembra as mudanças no mercado, a partir da pandemia, que impactou diretamente o seu negócio e afirma ter sido um momento de dificuldades, por não saber inicialmente como lidar com esse inimigo até então desconhecido por todos.
“Foi um período muito difícil, porque no início, sem saber o que aconteceria, tivemos que demitir colaboradores, o que me deixou muito triste. Mas assim que as coisas começaram a voltar ao normal, conseguimos recontratar, pois como trabalhamos no setor de cobrança, e muitas pessoas estavam inadimplentes, houve a necessidade da negociação dessas dívidas com os bancos. Então logo depois do período difícil, o escritório começou a crescer. Passamos a recontratar, criar formas de trabalho e investir em tecnologias diferentes”, conta. E assim, desde o início da pandemia até agora, a empresária viu seu quadro de funcionários saltar de 20 para 110 colaboradores, conquista que comemora. “Fiquei muito feliz de poder recontratar essas pessoas, foi muito gratificante pra mim”, explica.
O PAPEL DA LIDERANÇA FEMININA
À frente da empresa, Alessandra teve que aprender, desde cedo, a lidar com outro desafio no mundo dos negócios: atuar em um ambiente majoritariamente masculino, já que, no mercado financeiro, grande parte dos cargos de liderança são exercidos por homens. Ela diz ter sido desafiador no início, mas com jogo de cintura soube administrar essa particularidade. “Nesses momentos precisamos colocar nossa capacidade intelectual acima de qualquer diferença, mostrando que chegamos aonde chegamos porque somos competentes, inteligentes e que sabemos tocar um negócio”, diz. A empresa, aliás, se destaca por ter 90% do quadro formado por mulheres, um indicador que muito orgulha a advogada.
“Juntas compartilhamos sentimentos, vida, filhos, TPM, gestações, e temos um ideal em comum, que é o trabalho. A gente ama o que faz, e a gente se ajuda mutuamente para atingir as nossas metas e os nossos objetivos finais. Nós nos acolhemos e trocamos experiências”, acrescenta. Para Alessandra, a liderança feminina à frente de qualquer negócio não se faz sozinha. Ela ressalta a importância da equipe para a saúde de um empreendimento. “Uma das coisas que eu considero importante é saber selecionar uma boa equipe, e saber delegar. Não somos nada sem a dedicação da equipe. Todas as vezes em que eu faço uma reunião, ou mesmo na festa de final de ano, a minha primeira palavra é de agradecimento a quem está comigo no dia a dia, porque se não fossem eles, eu não seria quem sou. Eu dependo deles, a mão de obra é deles. Claro que eu tenho que saber cobrar, delegar, orientar sobre o tipo de decisão que eles devem tomar, mas se a gente não motivar o funcionário também a crescer, a gente não está fazendo a nossa função de empreendedor”, conclui.