Imagem: Reprodução/Site da Fundação Iberê Camargo
Ingrid de Króes, Olga Velho e Cristina Leal estão à frente do movimento realizado em prol da Fundação Iberê Camargo, um dos mais belos espaços culturais do Brasil, que foi criado em 1995 a fim de preservar e divulgar a obra do artista gaúcho Iberê Camargo, referência internacional da arte brasileira do século XX.
Cristina Leal, José Luís Santayana, Ingrid de Kroes, Olga Velho e Emilio Kalil, superintendente
da Fundação Iberê Camargo
Com o objetivo de arrecadar recursos para manter o funcionamento da instituição, as gaúchas lideram a criação do primeiro leilão virtual que será realizado nos dias 9 e 10 de setembro com o apoio da Santayana Leilões. O evento já conta com mais de 120 obras doadas por artistas brasileiros, a maioria gaúchos. Além de joias concedidas pelas joalherias Betinha Schultz Jewelry, Essere Joias, Dvoskin Kulkes, Amesterdam Sauer, entre outras. Portanto, todo o valor arrecadado será destinado à manutenção das futuras exposições e ações educativas promovidas na Fundação.
A visitação já está aberta no site http://iberecamargo.org.br/leilao-virtual-de-arte/
Acesse o catálogo https://www.santayana.com.br/catalogo.asp?Num=16308 , dê o seu lance e ajude a manter vivo esse patrimônio cultural do gaúchos.
FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO
É uma instituição privada, sem fins lucrativos. Criada em 1995, tem a “missão de preservar, investigar e divulgar a obra de Iberê Camargo, além de aproximar o público deste que é um dos grandes nomes da arte brasileira do século XX, estimulando a reflexão sobre arte, cultura e educação por meio de programas transdisciplinares e do fomento à própria produção artística”, de acordo com o site oficial da Fundação.
A atual sede foi inaugurada em 2008 e projetada pelo arquiteto português Álvaro Siza, assim como o prédio não apenas guarda as obras de arte do artista. Mas, também abriga seminários, cursos oficinas, encontro com artistas e curadores etc.
O ARTISTA IBERÊ
Iberê Camargo foi um pintor, gravurista e professor gaúcho. Nascido na Restinga Seca, em 18 de novembro de 1914, consagrou-se por obras figurativas e em tons mais sombrios, que marcaram a última fase de seu trabalho. Suas obras estiveram presentes em exposições de renome, como a Bienal de São Paulo, Bienal de Arte Hispano-Americana, em Madri, Bienal de Veneza e a Bienal de Gravuras, em Tóquio.
A formação inicial como artista começou na Escola de Artes e Ofícios da Cooperativa da Viação Férrea de Santa Maria. Em Porto Alegre, se especializou em pintura de forma autodidata. Em 1942, no ano de sua primeira exposição, mudou-se com a esposa para o Rio de Janeiro. Onde viveram por 40 anos.
Uma hérnia de disco, em 1950, o obrigou a pintar no exterior do seu ateliê. A situação fez com que ele desenvolvesse um os temas mais recorrentes em suas obras: os Carretéis. Além disso, participou também da organização do Salão Preto e Branco (1954) e do Salão Miniatura (1955). Ambos eventos eram protestos às altas taxas de importação para materiais artísticos.
Por fim, nunca se filiou às correntes artísticas existentes. Em 1982, retornou a Porto Alegre, onde produziu duas de suas séries mais conhecidas: os Ciclistas e as Idiotas. Faleceu em 1994, aos 79 anos, e um ano depois a fundação homônima foi criada em sua homenagem.