Imagens: Reprodução / Instagram, Getty Images e Pinterest
O mais aguardado red carpet do mundo fashion, o MET Gala acontece nesta segunda-feira, 1º de maio. O estilista alemão Karl Lagerfeld, que faleceu em fevereiro de 2019, aos 85 anos, será homenageado com uma exposição intitulada “Karl Lagerfeld: A line Of Beauty” no Metropolitan Museum. A contribuição do “Kaiser” (imperador), como era conhecido, é considerada inesquecível para a moda, por isso relembrar um pouco da sua genialidade através dos looks do red carpt certamente será um momento marcante. Já estamos na expectativa!
KARL E A MODA
Lagerfeld combinava elementos clássicos à ousadia da modernidade, causando um impacto visual forte no seu público. Sua carreira começou em 1954, como estagiário de Pierre Balmain. Na Jean Patou, onde fazia duas coleções de alta-costura por ano, recebeu críticas dos jornalistas, pois suas as peças eram curtas e muito decotadas para a época.
O estilista participou de um movimento de democratização da moda ao criar roupas comercializável durante a transição para o prêt-à-porter. Anos mais tarde, após uma pausa na carreira, seu retorno aconteceu na Tiziani, marca que fez sucesso com atrizes de Hollywood.
Nos anos 60, Karl entra para a Chlóe, impulsionando a grife nos anos 70. Com o nome já bem conhecido, foi contratado pela Fendi para revitalizar sua linha de pelei, onde criou o logo FF invertido, por exemplo. Ele permaneceu como diretor criativo até sua morte, acumulando 55 anos frente à marca.
Seu trabalho mais icônico aconteceu na Chanel, quando assumiu a direção criativa em 1983 e refrescou totalmente a imagem da Maison francesa. Graças a Lagerfeld, a etiqueta de Coco Chanel se tornou moderna e provocativa sem perder sua essência de sofisticação e elegância. Em paralelo com seu trabalho na Fendi e na Chanel, Karl lançou também uma marca homônima.
Lagerfeld também colaborou com a fast fashion H&M, desenhando uma coleção para homens e mulheres, que esgotou rapidamente nos pontos de venda, sendo ele o pioneiro na colaboração com marcas mais acessíveis.
CHOUPETTE
Lagerfeld cuidou da gata Choupette, que pertencia a um amigo, durante o Natal de 2011. Tamanho foi o seu carinho pelo animal de estimação, que decidiu adotá-la. Parte considerável de sua fortuna foi deixada para ela, de acordo com o seu testamento, algo que a lei francesa permite. Segundo o agente da Choupette, ela recebeu o convite para participar do evento. Nada mais justo já que o MET Gala de 2023 é uma homenagem inteiramente ao estilista.
Além disso, em meio às homenagens nostálgicas a Karl Lagerfeld, a supermodelo Naomi Campbell posou com o animal de estimação para a capa da edição de maio deste ano da Vogue America.
POLÊMICAS
A personalidade forte de Karl foi uma das suas características mais marcantes. . Peculiar e sem medo de falar o que pensava, por muitas vezes o estilista sofreu fortes críticas devido às suas falas e atitudes polêmicas. Ele idolatrava os corpos magros e fez dietas radicais para emagrecer. Em 2012, o então diretor criativo da Chanel afirmou que a cantora Adele era “um pouco gorda demais”.
Lagerfeld também era contra a política de encerrar o uso de pele nos artigos de luxo. Durante uma entrevista para a BBC, em 2009, disse que “em um mundo carnívoro, discutir sobre usar couro em roupas, sapatos e até bolsas é infantil”. No entanto, em 2010, chocou o público com um desfile da Chanel em que todos os looks continham peles, na coleção de Outono/Inverno da grife. Após o acontecimento, o estilista revelou que eram falsas.
Outro momento mais antigo e chocante de passarela foi em 1993, quando convidou uma atriz pornô italiana para desfilar na coleção Black & White da Fendi. A decisão fez a editora da Vogue, Anna Wintour, se retirar do local, apesar da amizade com o Kaiser.
LEGADO
Profissional multifacetado e criativo, Karl Lagerfeld contribuiu com um trabalho visionário para a indústria da moda ao introduzir o forte apelo hi-lo nas passarelas de grifes de luxo. Não era incomum para o estilista misturar alfaiatarias com tênis e silhuetas de comprimento mais curto. Além disso, soube se reinventar durante seu tempo como diretor criativo de grandes marcas. Seus desfiles pela Chanel são um exemplo, já que possuíam cenários megalomaníacos que chamavam a atenção da mídia e do público.
Fontes: Vogue Brasil, Farfetch e Diário de Notícias