Fotos: Gio Staiano/Now Fashion
O show couture da Dior, que tem à frente Maria Grazia Chiuri, apresentou na Semana de Alta-Costura de Paris, uma coleção quase que totalmente na cor black, para o inverno 2020. A queridinha de Christian Dior, que chegou a escrever, em 1954, em seu livro Pequeno Dicionário da Moda: “Eu poderia escrever um livro sobre preto”. A aposta da estilista, que revisitou as preferências do mestre no quesito cor, mostrou saias de tulê, transparências, brocados, capas e tailleurs. Ainda figuraram na passarela vestidos com saias mais volumosas e outros em tecidos mais fluidos e drapeados, na cor dourada, lembrando a vestimenta das cariates gregas que decoram diversos prédios da capital francesa. Modelos em matizes que vão do vermelho ao preto também estavam presentes.
Acessórios
Nos acessórios, as pérolas apareceram em brincos e chokers, e os cintos, o hit das últimas coleções da grife, tiveram espaço em looks com casacos e vestidos. E como já é comum nos desfiles da Dior, uma camiseta com a mensagem da temporada: “Are clothes modern?” (“Roupas são modernas?”), a qual Maria Grazia se inspirou no arquiteto e pensador austríaco Bernard Rudofsky, que questionava sobre a forma e a função das roupas.
Cenário
O cenário escolhido por Maria Grazia, a maison original na 30 Avenue Montaigne, em Paris, – casa que abrigou a label desde 16 de dezembro de 1946, quando seu fundador adquiriu o local – surpreendeu e agradou a todos. A estilista quis mostrar a jornalistas e convidados onde tudo começou e, para isso, nada melhor do que este local!
Gran finale
O look final exibiu um inusitado vestido-escultura: uma réplica exata da construção do 30 Avenue Montaigne, coberta por folhas de ouro. A peça foi transformada em vestido pelas mãos da artista plástica britânica Penny Slinger.