Estamos naquele mês, onde as semanas de moda não param e as tendências chegam com toda força, ditando o cenário para a Primavera/Verão 24. Acompanhe com a gente, a última fase de desfiles internacionais, que iniciou na segunda-feira (25) e acontecerá até a próxima terça-feira, 03 de Outubro.
O primeiro dia, teve abertura de Pierre Cardin. Na sequência: Peter Do, Dior e Saint Laurent tomaram as passarelas. O que foi destaque na Paris Fashion Week, você pode conferir agora, lendo a nossa matéria.
PIERRE CARDIN
Rodrigo Basilicati, sucessor e sobrinho-neto de Pierre, assumiu a frente da marca e inaugurou a Semana de Moda de Paris nesta segunda-feira, dia 25. A coleção foi inteiramente inspirada na cor azul, evocando as profundezas do oceano, dedicando-se a promover a proteção do nosso planeta.
Além disso, a grife investiu em uma parceria com a Thales Alenia Space, construtora de satélites que coletam dados para proteção ambiental, como a observação da temperatura da superfície do mar.
O diretor criativo recordou, ao mesmo tempo, o universo futurista que fez a fama de Pierre nos anos 60. O show teve como cenário a sede do Partido Comunista Francês, um prédio concebido pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, com estética de nave espacial e formas arredondadas.
O tema ficou muito visível em vestidos e tops com apliques metálicos, conchas, capas com círculos em estética futurista e alguns looks feitos sob medida.
PETER DO
Com uma paleta de cores quase totalitária em P&B, as vestimentas apresentadas ganharam detalhes especiais e viraram desejo para a estação mais quente. O designer quis mostrar o quão boa as roupas parecem no corpo, o quão lindamente se movem e a facilidade de adaptação ao usuário.
Alfaiataria leve, feita sob medida, tecidos fluídos, transparências, blusas de seda pura com acabamento em couro e saias longas se destacaram. Os drapeados também foram muito utilizados em vestidos.
Peter quis fugir do que veio sendo levantando como tendência na Paris Fashion Week. Estamos nos referindo aos mini shorts e mini vestidos, vasculhados em arquivos passados das grandes grifes. Do, preferiu trazer uma proposta mais séria, ou como ele mesmo disse: “quero fazer roupas para adultos”.
DIOR
Maria Grazia Chiuri, idealizou a coleção a partir de uma reflexão sobre o significado do presente, onde passado e futuro devem coexistir simultaneamente. Nessa convergência, ela explora a relação entre feminilidade e feminismo.
A moda, tem a responsabilidade de ajudar mulheres a perceber seu valor e expressar suas diferenças. As criações, revelam um estilo medieval e uma silhueta arquitetônica baseada em figuras do passado que se opuseram contra um sistema. São elas: bruxas, guardiãs do conhecimento que transmitem a ciência das plantas e respeitam o tempo da natureza.
As cores sóbrias, estampas e bordados, buscam inspiração nas fases da lua, anunciação de estações, ervas medicinais e animais fantásticos. A Dior restaura a ideia de que a relação corpo/vestuário se situa no contexto dos tempos e não no tempo de um dia ou nostalgia.
SAINT LAURENT
O luxo pode sim, ser prático. Anthony Vaccarello apresentou uma coleção de looks utilitários e sofisticados, que se sobressaiu pela perfeita transição da paleta de cores, transpassando rigor, elegância e seriedade.
Saint Laurent reviveu as sahariennes (as primeiras jaquetas safári de Yves), peças de gabardine de algodão famosas da década de 1960. As pioneiras da aviação americana: Amelia Earhart e Adrienne Bolland, além de outras mulheres precursoras em atividades antes consideradas exclusivamente para o sexo masculino, são a inspiração do designer para as peças no estilo aviadora.
Macacões com bolsos largos, cintura marcada, transparência, saias lápis na cor areia e luvas de couro marcantes, deixaram clara a maestria da marca para lidar com silhuetas modernas e sedutoras.
A coleção ainda trouxe peças mais soltas de cetim, que não haviam sido muito exploradas em temporadas anteriores:
Fotos: Vogue e kendam.com