A escolha do local e a abordagem criativa sugerem que a nova Coleção Resort da Chanel se inspirou no mundo dos esportes. Marselha, a cidade portuária no sul da França e a segunda maior do país, está diretamente ligada ao tema do desfile. Descubra agora por quê.
A Atitude Atlética da Chanel
2024 é o ano das Olimpíadas e Marselha será uma das sedes a receber a tocha olímpica. Conhecida por ser uma área natural de entretenimento aquático, inspirou a designer Virginie Viard a inovar nos trajes de mergulho, dando vida a um uniforme singular da Chanel: um maiô branco com capuz e laço, disponível também na cor preta com zíper frontal ou com detalhes praianos artesanais.
O Desfile Ocorreu em um Monumento Histórico
Viard considerou Marselha um local distinto que fugiria da obviedade do que é esperado das grandes marcas, ou seja, Paris. A metrópole, um ambiente mais emocionante, também ajudaria a escapar da prevista conexão com Gabrielle Chanel. O show ocorreu no terraço do edifício Cité Radieuse de Le Corbusier, uma residência experimental construída entre 1947 e 1952 pelo arquiteto Le Corbusier, entrando para a Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO em 2016.
Segundo o presidente de moda da Chanel, Bruno Pavlovsky, a decisão de realizar o evento na região se deu ao fato de que “Um monte de coisas estão acontecendo aqui – música, dança, arte. Há uma boa vibração, uma boa energia. Por ser um porto, é um cruzamento de muitas culturas diferentes vivendo juntas. A vinda da Chanel aqui é uma maneira de descobrir ou redescobrir a energia criativa que está em toda parte”.
As Inspirações para a Coleção
Partes do prédio contribuíram para a constituição das peças, onde tons pastéis de giz e cinza, que simulavam a cor do concreto, juntamente com padrões da arquitetura, se transformaram nos xadrezes de tweed.
Um vestido com babados apresentava estampas de criaturas marinhas, enquanto outros com lembravam a Virginie as vestimentas de dormir antigas que eram vendidas nos mercados do sul da França durante sua adolescência.
O contraste foi o destaque em um lineup que considerou um guarda-roupa versátil, indo do dia a dia a eventos mais importantes. Foram vistos jeans com uma abordagem mais urbana e vestidos mais elaborados.
O mar incorporou-se em tecidos atoalhados com tricô, e a estética preppy ficou evidente nos conjuntos esportivos que ostentavam a assinatura do “tenniscore”.
Mais uma vez, a Chanel prova que seus desfiles são muito mais do que uma simples exibição de peças de luxo; são uma experiência completa, e a marca se integra ao estilo de vida contemporâneo e cotidiano.
Fotos: Reprodução/tourisme e Vogue