É todo para a Chanel revelando sua penúltima coleção ready-to-wear antes da chegada de Matthieu Blazy, celebrando os ícones da maison como laços, tweed, bouclé e pérolas. Em Paris, no Grand Palais, a casa revelou sua coleção outono/inverno 2025, a última apresentada pelo estúdio de design antes de Matthieu Blazy assumir na próxima temporada.
NOIR COMO CÓDIGO, TRANSPARÊNCIA COMO RECURSO
Desde os primeiros looks, fica evidente que a coleção transita entre a solidez e a leveza. Saias de tule translúcidas adicionam um toque etéreo aos tailleurs de tweed, enquanto vestidos pretos fluidos evocam um romantismo sombrio digno da estética de um novo século. A superposição de texturas cria um jogo visual intrigante: organza diáfana sobre lã encorpada, rendas sobrepostas a cortes de alfaiataria e laços oversized pontuando golas e punhos.

O TWEED REINVENTADO
O icônico tweed, marca registrada da Chanel, aparece em propostas que remetem aos anos 60, com casacos e conjuntos de saia e blazer ajustados ao corpo, mas também revisitado em versões mais desestruturadas, como trench coats de corte amplo e capas fluidas. Detalhes como frisos contrastantes, botões perolados e aplicações florais modernizam a peça sem comprometer sua atemporalidade.

A INFLUÊNCIA DO ARTESANATO
Se a Chanel sempre exaltou a expertise artesanal, o outono 2025 não foge à regra. Bordados tridimensionais, plumas estrategicamente aplicadas e pérolas costuradas à mão reforçam a meticulosidade por trás de cada look. Destaque para os vestidos bordados com padrões gráficos e os acessórios imponentes, que variam entre chapéus de abas largas e bolsas estruturadas de matelassê.

A PALETA E O JOGO DO CLÁSSICO X CONTEMPORÂNEO
Entre o preto dominante, há respiros cromáticos em tons de branco, nude, lavanda e verde menta. O azul denim surge como um inesperado protagonista, especialmente em peças oversized que remetem ao streetwear de luxo. Já os vestidos de noite assumem uma dramaticidade marcante, ora em tafetá volumoso, ora em tecidos leves que flutuam com o movimento.
