As bolsas, para muitas pessoas, vão além de simples acessórios. São verdadeiras peças que, por vezes, transcendem o tempo e se transformam em legados para as gerações futuras. Convidamos você a explorar agora uma seleção atemporal desses artigos de luxo que não apenas conquistaram grande sucesso, mas também continuam a inspirar versões repaginadas até os dias de hoje.
BIRKIN – Hermès
A bolsa mais cobiçada das últimas décadas viu a luz do dia em 1984, durante um voo de Paris para Londres, que tinha a bordo a atriz Jane Birkin e Jean-Louis Dumas, diretor administrativo da Hermès. Em uma conversa com Dumas, Jane expressou sua dificuldade em encontrar o modelo de bolsa ideal para atender às suas necessidades como mãe de primeira viagem.
De forma ágil e habilidosa, Jean-Louis concebeu um design retangular, flexível e espaçoso, com uma aba polida e costuras precisas. Para acrescentar ainda mais luxo, a bolsa foi adornada com um couro raro, cujas características são verdadeiramente singulares. Após um processo de curtimento inteiramente vegetal, a pele de vaca natural recebeu um acabamento transparente de tirar o fôlego, que desenvolve uma pátina e ganha ainda mais beleza com o passar do tempo.
Com a alta demanda ao longo dos anos, a linha de modelos se diversificou e evoluiu em termos de criatividade. A título de exemplo, podemos mencionar a Birkin Faubourg Tropical e a Birkin 3-em-1.
LADY DIOR– Dior
A notoriedade desta bolsa foi consolidada em 1996, quando ela surgiu inicialmente sob o nome de “Chouchou,” uma palavra francesa que carrega a conotação de algo ou alguém particularmente querido.
Um tributo a diversos artistas da época, esta bolsa é uma verdadeira obra de arte em si. Inspirada no mundo da arte, um dos elementos distintivos deste acessório clássico é o matelassê, que remete aos assentos de palha trançada das cadeiras que adornavam os salões dos ateliês Dior na Avenue Montaigne desde 1947.
O ano de 1995 foi marcado por um evento significativo quando a Princesa Diana, conhecida carinhosamente como Lady Di, recebeu um exemplar desta bolsa como presente. A partir desse momento, a bolsa foi rebatizada como Lady Dior em homenagem à icônica figura real. A admiração pela bolsa foi instantânea, levando a Princesa Diana a encomendar todas as versões disponíveis naquela época. No ano seguinte, incríveis 140 mil exemplares deste acessório, agora renomeado, foram vendidos.
SPEEDY– Louis Vuitton
Compacta e com um formato inconfundível, esta bolsa, lançada com elegância em 1930, foi inspirada na agitação urbana da época, projetada para acompanhar seus usuários na movimentada vida nas cidades. Ela resistiu ao teste do tempo, mantendo seu design moderno e exclusivo canvas Monogram. O que a torna verdadeiramente única é seu formato de sacola com alças duplas que evocam a elegância de um baú de viagem.
Uma curiosidade fascinante envolve a evolução deste modelo icônico: a estrela de Hollywood, Audrey Hepburn, desempenhou um papel crucial na adaptação da Speedy para a vida contemporânea. Em 1965, ela fez um pedido especial a Henri Louis Vuitton, buscando uma bolsa de viagem mais prática para suas atividades cotidianas. O resultado foi uma versão que combinava funcionalidade com sofisticação, e assim, a Speedy se tornou uma companheira ainda mais indispensável para os amantes da moda exigentes.
BAGUETTE – Fendi
A primeira it-bag da história viu a luz do dia em 1997, mas alcançou a sua consagração quando a icônica personagem Carrie Bradshaw, de Sex and the City, exibiu este luxuoso acessório. Compacta e extremamente prática, a Baguette foi concebida para ser leve e facilmente transportável.
Com seu design marcante, a Baguette rapidamente se tornou um objeto de desejo, desencadeando listas de espera no competitivo mercado de luxo. Atualmente, novos modelos continuam a encantar os aficionados da moda sob o nome “Baguette 1997”.
Fotos: Hermès, Dior, Louis Vuitton e Fendi oficial.