por Xico Gonçalves
Do americano Michael Kors até a badalada marca francesa Vetements, ou em imagens noturnas, como na coleção de Simone Rocha, o trench coat ou a gabardine, como chamamos aqui, se adapta a qualquer hora como uma peça mágica que “esconde tudo” e cria um ar de mistério em quem veste.
Neste inverno, com fortes tendências militares, a peça se encaixa como uma luva.
O clássico trench coat é um casaco de chuva que protege do frio e da umidade, feito em algodão, gabardine e até em couro e seda pura, com tamanho na altura do joelho ou um pouco maior.
Desenvolvido para os soldados da 1ª Guerra Mundial e criado por Thomas Burberry (hoje a famosa grife Burberry é a que vende as capas de chuva mais sofisticadas do mundo), esta peça ficou tão famosa que começou a ser incorporada nos guarda-roupas de inverno por ser peça chave para qualquer época fria ou temperada.
USE EM QUALQUER CLIMA, COM OU SEM CHUVAS.
- Arrematada por uma echarpe no pescoço ou nos ombros.
- A qualquer hora do dia, substituindo os mantôs mais pesados, que exigem frio de verdade.
- Combine com calças de alfaiataria, shorts e meias foscas, jeans, vestidos ou use-o até sozinho.
- Ao comprar, opte pelos tons tradicionais de beges acinzentados, que combinam melhor com qualquer cor, ou escuras como preto, cinza ou marinho. Mas se você já tem estas cores no armário, invista em cores mais chamativas como o roxo berinjela ou vinho.
HISTÓRIA DO TRENCH COAT
O legítimo trench coat, desenhado pelo alfaiate inglês Thomas Burberry no séc. XIX, foi criado para que quem o vestisse se sentisse um herói.
O Sr. Burberry elaborou com estratégia de ataque uma roupa que, além de transmitir valor e coragem, funcionasse como máquina de guerra capaz de vencer qualquer dificuldade.
A cor neutra (cáqui, areia ou verde oliva) ajudava a camuflar o soldado no campo de batalha, e o tecido de algodão impermeável o protegia do frio e da chuva, assim como a gola de proteção em lã e os bolsos fundos.
As mangas eram amplas para permitir grandes movimentos.
O cinto largo, com fivela e argolas em meia-lua, servia para prender com segurança as granadas e o cantil.
A pala solta no peito e nas costas protegia os ombros do impacto do disparo do fuzil.
A fenda profunda, na parte de trás, facilitava na hora de montar (ainda se combatia em cavalos).
As dragonas nos ombros mantinham os binóculos, e as tiras do punho serviam de apoio para as granadas de mão.
Atualmente isto tudo virou detalhe de modelagem.