Sim, a fashionista mais polêmica da Netflix está retornando!
A quarta temporada da série “Emily in Paris” infelizmente ainda não tem data oficial para ser lançada, mas sabemos que a produção começou a todo vapor em 19 de janeiro de 2024. Inclusive, há indícios disso, pois Lily Collins, que interpreta a protagonista, foi vista exibindo novos looks para a câmera nas ruas de Paris, acompanhada de alguns dos seus colegas de elenco.
Mesmo dividindo opiniões, o seriado norte-americano ganhou o título de mais popular do serviço de streaming em 2020. Para comemorar o seu regresso, resolvemos fazer um tour pelo figurino de Marylin Fitoussi, para você que já é fã da série se animar ainda mais, e para quem não conhece, aprender um pouco do que a estilista chama de “universo dos sonhos”, referindo-se ao estilo único das personagens.
Com roupas chamativas e coloridas, muito diferentes da realidade dos parisienses, Emily recebeu muitas críticas por parte dos mesmos, que frequentemente achavam que a série retratava um estereótipo francês exagerado. Mas a verdade é que esse realismo nunca foi almejado.
Fitoussi, que se formou em design têxtil pela L’École du Louvre, foi escolhida por Patricia Field (quem assina o guarda-roupa icônico de Carrie Bradshaw de Sex and the City) para liderar todo o styling na terceira temporada, pois considerava suas estéticas similares.
Em entrevista para a revista ELLE, Marylin conta que uma de suas características mais marcantes, a cor, tem a ver com o fato de ter morado no México por 13 anos, sendo algo quase inerente ao seu DNA, além de não ter usado roupas sazonais, o que torna tudo mais criativo e divertido.
A 1° temporada
Desde o início da jornada de Emily Cooper, percebemos um tributo à natureza francesa de transformar pequenas coisas em peças de Alta Costura, misturado propositalmente à noção controversa de desafiar proporções de harmonia e provocar reações.
Inicialmente, ela era mais romântica, traduzindo a sua chegada na cidade dos sonhos; o guarda-roupa excêntrico estava em sintonia com suas travessuras e desafios diários. Patricia Field e Marylin Fitoussi ainda trabalhavam juntas nessa temporada e pescaram combinações de filmes como “Cinderela em Paris” e episódios de “Gossip Girl”. As duas consideram que a personalidade do show vem do aspecto criativo irreverente, onde os códigos podem ser quebrados através da moda.
O casaco rosa da marca Kenzo foi destaque em mais de uma cena, sendo usado no trabalho e até em combinações para sair no final de semana. Ainda houve a composição clássica de acessórios, como bolsa da Chanel com boina vermelha e estampa xadrez, e um vestido muito significativo que evoca Audrey Hepburn. Voltando aos complementos, o lenço também foi incorporado ao pescoço, lembrando uma it girl francesa.
A 2° temporada
As peças da segunda temporada vão desde itens de grifes de luxo até artigos da Zara, com uma elaboração visual que pode facilmente ser recriada por possuir alguns itens básicos e truques de estilo.
Do primeiro para o segundo capítulo, podemos ver a adaptação de Emily ao estilo de vida parisiense tomando mais forma à medida que ela é bem-sucedida no trabalho. Isso também se reflete nas vestimentas, denotando mais autoconfiança em suas escolhas de moda e tornando-se ainda mais ousada em cores e estampas.
As boinas fazem referência a atitude da cidade europeia, ligado ao padrão básico que imaginamos de uma francesa. A coordenação de cores, apesar das informações distintas em uma mesma produção, é admirável e reforça a autenticidade da personagem, que demonstra sua personalidade através de seus looks e mostra que a maior tendência é ser fiel a si mesma.
A 3° temporada
A stylist mencionou que, na terceira temporada, a paleta de cores de Emily foi restringida, mas de uma forma que não limitasse seus “excessos”. Algumas mudanças ficaram bem visíveis, como a troca de saltos finos por plataformas mais grossas, assim como botas longas e calças em alfaiataria com cintura alta e pernas amplas, mostrando um crescimento na maturidade. Isso se justifica quando a chefe da personagem principal começa a apostar em peças mais contrastantes e a estrela da série adquire um estilo mais local.
As roupas, por mais ecléticas que sejam, possuem aquele toque extra francês, nem que seja mínimo, e a designer de figurino contou em uma conversa para a revista Claudia que quis prestar um tributo aos ícones da moda francesa dos anos sessenta, o que fica claro na escolha do corte de cabelo de Emily, que desta vez usa uma franja.
Os casacos statement também reforçam o movimento mod da década de 60, influenciado pelo pop, tendo como objetivo ir contra a vertente conservadora que dominava a moda. Isso pode ser visto em um modelo da Miu Miu com uma estampa colorida verde e preta em uma silhueta ampla. Além disso, Fitoussi enfatiza que ela e a equipe “tiveram acesso a mais de 40 mil peças, incluindo acessórios e jóias, dos arquivos de Valentino, Jean Paul Gaultier e Christian Lacroix”.
Vamos aguardar para descobrir se a marketeira mais colorida e divertida de Paris voltará às telas com a mesma essência ou se renderá ao estilo mais sóbrio da Cidade da Luz!
Foto: Marie Etchegoyen, cortesia da Netflix