Conhecidos por serem uma alternativa sofisticada que substitui o salto alto sem deixar a desejar em conforto, os sapatos mocassim e loafer são versáteis. Embora possam apresentar semelhanças, são produtos distintos que podem influenciar na escolha final para combinar com os looks. Entenda agora as diferenças entre esses modelos.
Antes de destacar as diferenças, há uma similaridade: tanto o mocassim quanto o loafer são calçados que não possuem cadarços, proporcionando facilidade no calce e mais praticidade. No entanto, o loafer é considerado mais formal e não possui costuras, apresentando um visual mais clean, enquanto o mocassim é casual e possui uma costura em forma de U na ponta do sapato.
Os clássicos favoritos que se encaixam na tendência do momento “old money” deram origem a designs revisitados e possuem uma longa e antiga história:
O mocassim, cujo significado é “sapato”, teve origem nas línguas nativas norte-americanas, onde povos indígenas utilizavam essa nomenclatura para se referir a todo tipo de proteção usado nos pés. No entanto, essa palavra ficou associada ao modelo mais popular entre as tribos, feito de couro de veado.
Apesar de as versões mais conhecidas nos dias de hoje serem minimalistas, as confeccionadas pelas tribos eram pintadas e bordadas, carregando diversos significados, desde status até religiosidade, e eram usados até mesmo em batalhas.
O principal responsável por trazer o mocassim à modernidade foi o sapateiro norueguês Nils Tveranger, que nos anos 20, inspirado por diversas culturas, lançou os sapatos chamados “Aurland”, em homenagem a uma região da Noruega. Esses são considerados os primeiros mocassins contemporâneos.
O calçado atemporal, queridinho dos influentes em moda, passou por diversos estilos, desde os extravagantes e com acabamentos exóticos de Tom Ford até os modelos de Prada e Louis Vuitton, que também revolucionaram os designs, tornando-os mais adaptáveis ao street style.
O loafer é um tipo de mocassim que surgiu nos Estados Unidos em 1930. A marca Spalding foi a criadora e o nomeou assim por ser facilmente colocado nos pés, com a tradução do termo sendo “preguiçoso”. No entanto, o modelo mais inovador ficou a cargo da empresa G.H. Bass e foi chamado de Weejun, uma adaptação para o inglês do norueguês, que possuía uma brincadeira na pronúncia. O loafer tinha uma sola mais grossa e um recorte em formato de losango na parte da frente.
O Weejun fez sucesso entre a elite norte-americana nas décadas de 1940 e 1950, adotando cores tradicionais como marrom e preto, e tendo como público-alvo principalmente universitários e celebridades.
Nos EUA, apesar do status elitista, muitos quebraram essa visão e começaram a incorporar o loafer em diversos estilos. O ator James Dean contribuiu para essa ideia ao combiná-lo com vestimentas mais básicas, como jeans e camiseta, conferindo-lhe um estilo “bad boy”.
Em Londres, o loafer foi adotado por subculturas, como os Teddy Boys, jovens londrinos apaixonados por rock’n’roll e pela moda Eduardiana, que sucedeu a época Vitoriana.
A partir dos anos 90, a paixão pelo sapato ressurgiu fortemente, agora reinterpretada para representar conforto e um resgate ao passado, investindo na estética retrô. Desde então, esses dois queridinhos estão presentes em praticamente todas as temporadas e são a aposta das marcas de luxo mais famosas do mundo.
O crescimento do TikTok possibilitou o retorno de muitos itens tradicionais como ‘tendências’, adaptadas para a nossa realidade. De uma forma mais moderna, as redes sociais reintegram estilos, democratizando-os para vários tipos de usuários.
E para você, qual dos dois é o seu favorito?
Fotos: Vogue, Reprodução/Pinterest, Prada e Louis Vuitton