A fibra, conhecida pela durabilidade, refinamento e conforto, devido à sua versatilidade, tornou-se rica em utilidades, sendo usada não somente na moda, mas também na arquitetura e decoração.
O linho é utilizado em roupas desde 8.000 a.C. e acompanha a cronologia da humanidade. No Antigo Egito, era muito popular no vestuário e também foi utilizado para envolver múmias. Foram os Fenícios que começaram a exportar o tecido para a Europa entre os séculos 8 e 12 a.C.
O tecido vegetal mais antigo da história se diferencia em sua maneira de produção e passou por diversas mudanças até ser aplicado e referenciado no Egito, onde era cultivado. O linho era considerado um símbolo de pureza e possui um dos valores mais elevados devido à sua fabricação, que envolve um processo de curtimento e descamação para remover sua cola natural, bem como fermentação, sedação e a etapa final denominada de fiação. É importante lembrar que, desde o seu cultivo até sua utilização, é produzido de forma orgânica, sendo reconhecido como totalmente sustentável.
A fibra foi tão fundamental para as sociedades antigas que se espalhou geograficamente, sendo reverenciada também por tribos de Israel, alcançando a Irlanda no século XII. Esse impacto reverberou no mundo inteiro e o linho é reconhecido até hoje pela sua resistência.
Com a chegada do verão, não podemos deixar de mencionar os benefícios deste tecido, que se torna um grande aliado na estação mais quente.
- Destaca-se por proporcionar frescor e boas sensações por ser de origem natural, tornando-o agradável ao toque. Em sua composição, também podem ser adicionados poliéster ou algodão, como é o caso do vestido midi de Jacquemus.
- Pode ser trabalhado em diversas texturas e receber pinceladas de pigmentos, gerando assim infinitas opções. Damos como exemplo o conjunto na cor amarela da marca Mango, composto por uma mistura de linho e viscose.
- É fácil de cuidar, pois é resistente à sujeira e a manchas, não estica e não sofre desgastes facilmente. Adapta-se a altas temperaturas, sendo a escolha perfeita para climas quentes, úmidos e secos. Alberta Ferretti apostou no tecido em seu desfile Primavera 24.
Por exigir poucos produtos químicos, o linho está entre os tecidos mais ecológicos que existem, e suas partes remanescentes são usadas na fabricação de uma ampla gama de produtos. Ele percorreu a história da humanidade, cultivando uma narrativa repleta de significados. Desde as civilizações antigas até a pós-modernidade, ele ressurge simbolizando o apelo das marcas ao natural, inserindo-se no novo conceito de “quiet luxury” e promovendo o consumo sustentável.
Assim como nós, você também é fã deste tecido atemporal?
Fotos: Vogue