O terceiro dia de Paris Fashion Week teve Courrèges abrindo a manhã, seguido de shows belíssimos da Marni, Acne Studios e Balmain.
A última, teve algumas peças roubadas no início de dezembro, mas seu diretor criativo Olivier Rousteing trabalhou rapidamente com sua equipe e garantiu um desfile inesquecível repleto de detalhes florais. Confira agora as principais tendências ditada pelas marcas para o Primavera/Verão 24.
COURRÈGES
O efeito especial do desfile, estava no chão. À medida que as modelos desfilavam, o mesmo se rompia e era similar a estar pisando na lua. A referência faz parte da história da marca e seu precursor, André Courrèges, que afirmava criar roupas para vestir as pessoas das ruas até a lua.
Com o propósito de remodular a marca ao longo dos anos e atingir um público mais jovem, o diretor criativo Nicolas Di Felice acredita que investir nos shows, irá despertar ainda mais o desejo do público pelos itens de luxo. Ele afirma: “ há uma forte conexão entre o desejo que criamos nos desfiles e a peça que você compra na loja.”
O estilista conseguiu unir a sofisticação da semana de moda parisiense, abrangendo uma visão do mundo jovem e sexy. A simplicidade foi a peça-chave e a paleta de cores preta e branca se enquadrou perfeitamente neste quadro, composta por um line-up de camisas e camisetas brancas, jaquetas e cortes assimétricos.
Nicolas se inspirou muito no arquivo modernista da era espacial, dos anos 60 e 70, traduzindo suas referências para as calças de couro em vibe motociclista. Confira as peças:
BALMAIN
Com a frase: “florais? para a primavera? Inovador…”, Olivier Rousteing convidou em tom irônico a todos, para assistir a live do desfile da marca.
O designer definiu o tema da coleção a partir de um pensamento: “O que esta coleção é sobre, é o seguinte: se eu morrer amanhã, só quero que as pessoas se lembrem de que eu me certifiquei de que a Balmain é uma casa de luxo francesa”.
Rousteing começou encantando pela alfaiataria de blazers angulares, com botões dourados da casa e vestidos com costura feminina. Alguns elementos relembraram a produção de alta-costura da grife nos anos 50 e 90.
Roupas com rosas e flores distintas em 3D e, principalmente, peças em tecido emborrachado deram mais vida e cor ao repertório da Balmain. O estilista afirmou : “A rosa Balmain não pode ser apenas uma rosa romântica. Há também resistência e força. Então é sobre amor, é sobre cores, felicidade e alegria.
MARNI
Francesco Risso, fez seu desfile no Hotel Pozzo di Borgo, uma residência do século 18 que já foi casa de Karl Lagerfeld. Risso se inspirou na estima do povo francês pela beleza e sua inclinação para protestos de rua. Ele enfatizou a importância da alegria como um ato de rebeldia.
A linha apresentou toques excêntricos em listras e xadrez. Também contou com um elenco variado de modelos, com peças desde slipdresses despojados a saias com volume, adornadas com camadas de flores estampadas.
Os vestidos em 3D foram o grande destaque do desfile. Produzidos a partir de latas milimetricamente moldadas e pintadas, que lembraram flores metálicas.
ACNE STUDIOS
A coleção traz a proposta de diversão e é baseada em “Physical evidence of a Woman”, de Katerina Jebb.
A grife é conhecida por vestir famosos, sustentando o futurismo e o cult em peças casuais. Jonny Johansson, escolheu o Observatório de Paris como cenário para o seu show.
A marca deixou claro seu fascínio pelo jeans, que apareceu na passarela em uma estética “inacabada”. Tops de seda com cílios postiços, estampas de Jebb desfiguradas em conjuntos de duas peças e jaquetas sem gola complementaram o cenário da Acne Studios SS24.
Fotos: Vogue fashion shows