Na sexta-feira (08), foi oficialmente aberta a temporada dos desfiles na cidade de Nova York. Alguns nomes vêm sendo muito esperados nesta edição, por estarem fazendo um comeback para a New York Fashion Week. As expectativas foram geradas e nós estamos trazendo as marcas que mais se destacaram nas coleções de Primavera/Verão 24.
Confira agora a Runway de Helmut Lang, Ralph Lauren, Collina Strada e Prabal Gurung.
UM NOVO COMEÇO PARA A HELMUT LANG
Depois de receber o título de novo diretor criativo em maio, Peter Do inaugurou no dia 08 de Setembro, na tão esperada Fashion Week, sua primeira coleção para a marca Helmut Lang. A grife alcançou sua glória nos anos 1990 e 2000, firmando sua estética e influenciando os estilos da época. Peter é considerado promissor e chegou nas passarelas com o desafio de dar vida nova à casa de luxo que passou por uma reconstrução em 2018.
Do manteve uma estética parecida com a de Lang na alfaiataria apresentada, porém lançando a marca para um revival mais moderno: a paleta de cores predominantemente neutra, também aparecia entrelaçada à um tom rosa efervescente, conferindo aos trajes singularidade.
As peças apresentaram muitas intervenções, como as camisas de botões invertidas que possuem texto preto e em negrito como forma de protesto. As calças de frente plana, que são uma assinatura de Helmut Lang apareceram, as de couro plissadas também se juntaram ao repertório, além de casacos volumosos e saias estampadas. Veja mais do desfile Ready-to-Wear na galeria:
RALPH LAUREN RETORNA PARA A NEW YORK FASHION WEEK
A última vez que o estilista esteve no cronograma da semana de moda foi em Setembro de 2019. Voltando aos holofotes, o cenário do desfile já chamou a atenção: Lauren transformou um salão de baile em “Ralph’s Club”, no maior estilo velho oeste americano. O show contou com a cantora Janelle Monae como atração, a qual soltou a voz em um medley de sucessos do Jazz, além da vasta lista de celebridades que compareceram para prestigiar o grande momento.
A coleção de Primavera 24 evidenciou o estilo do designer, mas abriu espaço para novos caminhos. O jeans ganhou seu destaque, mas em versões com lantejoulas miçangas e bordados, o preto e o dourado realçaram a beleza dos vestidos. Rendas, babados em camadas, franjas e cores agregaram ao line-up da marca, bem como tecidos em lamé e seda. Os acessórios complementavam todo o contexto do desfile perfeitamente. Cintos com fivela, oversized e logotipo da Ralph Lauren envolveram o terceiro grupo de looks, que contou com sarongues e camisas, em uma ambientação rústica, sofisticada e marcante.
COLLINA STRADA
“Por que estamos aqui?” foi o questionamento proposto no desfile de Collina Strada, que abriu seu fashion show com modelos forçando um sorriso na passarela e, ao final assumiram seu verdadeiro rosto: o de jovens que estão constantemente se perguntando sobre “o que a humanidade está fazendo”, baseado no meme “This is Fine”.
Strada questionou, inclusive, como nos sentimos condenados ao desenvolvimento florescente da Inteligência Artificial, principalmente no campo criativo. A coleção parece ser uma bagunça a primeira vista, mas ela é resultado de tentativas, entre idas e vindas, da designer com esta “nova inteligência”. Por sete semanas, foi trabalhado, o máximo possível, todo o refinamento das peças, coordenando a máquina para o que eles possivelmente gostavam e não gostavam.
A IA rendeu diferentes elementos drapeados e extravagantes que se unem a sensação de ousadia, descontração e feminilidade. O grupo de criadores da marca admite não ter sido fácil colocar as peças juntas e em harmonia, visto que, segundo os mesmos, foi como transformar o impossível em possível. Eles não só precisavam descobrir como recriá-las na vida real, mas também fazê-las de uma forma que lhes permitisse colocá-las facilmente em produção. Veja agora o resultado deste projeto:
PRABAL GURUNG
Gurung apresentou uma coleção de retorno em área externa, localizada no Parque Estadual Franklin D. Roosevelt Four Freedoms, na Ilha Roosevelt. O designer fez um mergulho em suas origens para criar peças que se diferenciam do que ele costuma produzir. Ele afirma que “está na hora de o Ocidente se encontrar com o Oriente”, como referência a uma mudança na dinâmica de poder internacional.
As roupas trouxeram uma bagagem de culturas tradicionais do Nepal e índia e alguns padrões desfilados foram inspirados no papel de parede de sua avó. Também puderam ser vistas referências a Bollywood nos maxi brincos, blusas e blazers com grandes ombreiras. Calças drapeadas, tecidos de chiffon, espartilhos, plumas e vestimentas lindamente plissadas ou com detalhes assimétricos, encantaram a todos que estavam presente.
Fotos: Reprodução Vogue Runway
Fontes: Hypebeast e British Vogue