181 casos por dia, 1274 por semana, 5523 por mês e 66280 por ano. Essa é a previsão de mulheres que serão diagnosticadas com câncer de mama entre 2020 e 2022 no Brasil, de acordo os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A doença consiste no principal tipo de câncer entre a população feminina, segundo o IMAMA, principalmente a partir dos 40 anos.
No mundo inteiro, é o câncer mais comum entre as mulheres em 83% dos 185 países conforme mostrou um estudo realizado em 2018, pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer. Em 2021, ele ultrapassou o câncer de pulmão e se tornou o mais comum do planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A pesquisa Número de casos e gastos com câncer de mama no Brasil atribuíveis à alimentação inadequada, excesso de peso e inatividade física, elaborada pela Coordenação de Prevenção e Vigilância (Conprev) do INCA, aponta que cerca de 13% dos casos de câncer de mama no Brasil poderiam ser evitados. Como? Através da redução de fatores de risco, entre eles, a inatividade física, que detém a fração de 5% destes.
Além disso, outros hábitos que aumentam as chances de desenvolver a doença são a má alimentação, consumo de álcool, excesso de peso e falta de aleitamento materno. Segundo pesquisa de 2020 da União Internacional para o Controle do Câncer, 28% das mulheres espalhadas por 20 países não perceberam a ausência de atividade física como um fator de risco.
AUMENTO DE CASOS NA PANDEMIA
Em meio a pandemia do coronavírus, o número de casos de câncer de mama aumentou. A maioria das mulheres não realizou seus exames de rotina, fator importantes para detectar o câncer em estágios iniciais e, assim, terem mais chances de cura. De acordo com matéria publicada na revista Veja, há cerca de 4 mil casos não diagnosticados, considerando mamografias que deixaram de ser feitas.
Inclusive, durante o período, as pesquisas no Google sobre mamografia foram 36% menores quando comparadas com as de 2019. Essa foi a queda mais vista desde o início da contagem, em 2004, segundo dados obtidos pela BBC Brasil. No entanto, 70% dos diagnósticos, antes de 2020, já eram feitos com a doença em estágio avançado, conforme a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama). Enquanto o número de casos sobe, as falhas nos diagnósticos e a falta dos tratamentos de ponta aumentam no Brasil.
O QUE É
O IMAMA pontua que o câncer de mama é o crescimento descontrolado de células da mama. Estas, assim, adquirem características anormais, em especial nas unidades ductais ou lobulares, os canais e glândulas que auxiliam no processo e na condução do leite, causadas por uma ou mais mutações nos materiais genéticos das células.
TIPOS DIFERENTES
O câncer de mama não é igual para todas as pessoas. Há tratamentos diferentes para influências divergentes, de acordo com as necessidades observadas pelos médicos. Os médicos podem identificar a sua extensão e disseminação.
Há vários tipos de câncer de mama com graus diferentes de gravidade:
- Localizado (precoce)
- Localmente avançada (tumor grande e com gânglios comprometidos)
- Metastática (espalhada por outros órgãos)
SINTOMAS
- Sintomas iniciais do câncer de mama são:
- Nódulo, geralmente indolor, acontece em 90% dos casos quando percebido pela pessoa
- Vermelhidão na pele
- Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço
- Saída de líquido anormal pelos mamilos
SINTOMAS DE CÂNCER DE MAMA AVANÇADO
- Inchaço na mama
- Dor na mama ou no mamilo
- Irritação da mama
- Edema na pele
- Inversão de mamilo
PREVENÇÃO
A prevenção é fundamental para evitar ou descobrir casos de câncer de mama ainda em estágio inicial. Por fim, vale lembrar que, se diagnosticado ainda no início, há altas chances de cura.
- Adoção de hábitos saudáveis na rotina, como exercícios físicos e alimentação balanceada;
- Realizar os exames de rotina, entre eles a mamografia, indicada anualmente após os 40 anos.
- Fazer o autoexame das mamas todos os meses, no período pós-menstrual, e observar qualquer mudança aparente na região das mamas
- Ficar atenta à presença de nódulos na região embaixo do braço, axilas e pescoço
Fontes: IMAMA, INCA, FEMAMA e Veja Saúde
Imagem: Reprodução/Getty Images