A chegada da maternidade foi um divisor de águas na vida de Juliana da Silva Jacobi, 47 anos, casada há 22 anos com o médico pneumologista Luciano Corrêa da Silva. Formada em Fonoaudiologia e Mestre em Gastroenterologia, com 15 anos de dedicação na área da saúde e no atendimento a pacientes com disfagia. No entanto, após a chegada da filha Catherine, Juliana resolveu tomar um novo rumo profissional.
“Foram tempos muito bons na área da saúde, na qual trabalhei por cerca de 15 anos. Período de aprimoramento, dedicação aos pacientes e muito estudo. Trago deste tempo experiências indescritíveis, colegas queridos e amigas maravilhosas, que renderam inclusive uma parceria para um livro técnico na área, já reeditado e esgotado”, explica.
MATERNIDADE E MUDANÇAS
Diante do desafio de ser mãe, iniciava também uma grande virada profissional. Portanto, desde jovem Juliana tinha o costume de ajudar informalmente as amigas em projetos de decoração de ambientes e de festas, jantares, entre outros. Algumas vezes acompanhando os profissionais contratados e em outras assumindo sozinha o ofício.
“Esse hobby foi me encantando e tomando conta de muitas horas do meu dia, até que, em um dado momento, decidi que era hora de me especializar na área”, explica. A partir de então, Juliana começou a cursar Design de Interiores para poder colocar em prática algo que já estava na sua própria essência e que demorou a assumir.
DESIGN DE INTERIORES
Atualmente, Juliana atua exclusivamente como designer de interiores. Ela conta com orgulho a satisfação que sente ao ser chamada para desenvolver um projeto, o qual procura criar de forma individualizada. Isso porque acredita ser fundamental conhecer o cliente, sua história e suas prioridades para, junto a ele, ir definindo os pontos essenciais do projeto. “Considero muito importante priorizar o desejo de quem vai usar o ambiente”, explica.
De acordo com Juliana, os profissionais do design têm o dever de oferecer as melhores e mais modernas soluções para o seu cliente. Mas antes de qualquer tendência ou inovação, deve-se voltar para as necessidades do indivíduo.
Aliás, “isso é o que torna cada projeto único. Por isso procuro levar em conta a história das pessoas e dar atenção ao que cada um traz consigo ao longo da vida. A área da saúde me ensinou muito a ouvir, saber o que incomoda e o que é importante considerar. Aplico esse aprendizado no meu trabalho como designer. Gosto de iniciar o projeto ouvindo o cliente, sua história, seu sonho. Depois disso, com uma boa dose de adequação à realidade, vou planejando e construindo tudo que é possível”, afirma.