Imagem: Divulgação SPFW e FFW
A abertura da tão esperada edição de 25 anos da São Paulo Fashion Week (SPFW), semana de moda brasileira, aconteceu na última quarta-feira, 4 de novembro. Com uma programação 100% digital, ou seja, toda virtual, o evento aposta em conteúdos pelas plataformas digitais, inclusive das marcas participantes.
Em abril deste ano, pela pandemia causada pelo coronavírus, a direção do SPFW cancelou a edição que aconteceria e, depois, pensou em um formato híbrido com 33 desfiles presenciais e virtuais. Mas, a escolha final foi realizar o evento totalmente online, que pode ser visto de casa. Além disso, projeções em pontos fixos da capital paulista também permitem a visualização das apresentações. Portanto, confira a seguir o que aconteceu no primeiro dia:
FERNANDA YAMAMOTO
Nomeada Somos, a apresentação digital da marca abriu a edição comemorativa de 25 anos da SPFW. Com o gancho de palavras que possuem mais de um sentido, palíndromos, criadas pela designer Clarisse Romeiro e interpretadas pelo Coral Jovem do Estado de São Paulo, a coleção traz estampas feitas à mão em tecidos brancos.
VICTOR HUGO MATTOS
O estilista e artesão já é conhecido pelos bordados e o acabamento manual. Ainda assim, os crochês, metalizados e acessórios maxi são os pontos altos. Com a coleção Cálida, a grife estreou no calendário oficial após ser participante do Projeto Estufa anteriormente. Em uma homenagem ao astro sol e suas fases e ao poder feminino e da natureza, aposta em elementos que remetem ao sagrado, sem fazer referência direta à religiosidade.
IRRITA
Estreante na SPFW, apresentou estampas gráficas e cores fortes que contrastam entre si. Uma celebração original ao movimento, às cores e à moda em uma estética viva e animada. Assim, a marca utiliza quatro bailarinas para o vídeo repleto de coreografias, em uma coleção que foca na modelagem diversa.
ISABELA CAPETO
Criadas na sala da estilista carioca homônima, como mostra o vídeo, as peças e ideias da Brotar, de Isabela Capeto, também exploram a dança para mostrar as roupas em movimento. Os destaques ficam, principalmente, com os laços e estampas naif em florais, ombros volumosos, babados e mangas marcantes em uma vibe de otimismo e intimidade nos tons claros mesclados com cores mais vibrantes.
ÀLG
É a linha mais acessível e sportwear da À La Garçonne, que tem Alexandre Herchcovitch como estilista, mas está pela primeira vez no evento. Fiel ao formato desfile, os modelos andam em sequência e exibem parkas tricolores, bikers, t-shirts e modelagens oversized em uma paleta de cores em tons pastel. O mood é, portanto, jovem e descontraído na coleção comercial.
LENNY NIEMEYER
Estampas gráficas, com elementos holográficos, refletem primas na marca de beachwear. Para o verão 2021, a inspiração veio de uma sessão de fotos com flores e plásticos reflexivos. Entretanto, apesar de ter utilizado a dança, a apresentação foi mais contida e preferiu focar em um estilo mais etéreo, sofisticado e com um toque de sexy.
MAIS INCLUSÃO
Por fim, outra novidade é a exigência de que as grifes possuíssem 50% de modelos negros, afrodescendentes e indígenas. Visto que os nomes dos contratados dentro da cota devem ser destacados na lista de casting. Aliás, quem não cumprir a decisão, não participará da próxima edição, de abril de 2021.
“O SPFW, em seus 25 anos, sempre trabalhou pela inclusão e pela diversidade. Esta edição de celebração destes anos, aprofunda ainda mais tudo que o evento já realizou, com a adoção da regra de equidade racial para modelos.”
– Direção do SPFW em comunicado para a imprensa