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“Eu cresci em um mundo em que uma mulher com a minha pele, a minha aparência e o meu cabelo não era considerada bonita. Isso acaba hoje. Quero que as crianças enxerguem o reflexo dos seus rostos no meu.” A declaração é de Zozibini Tunzi, da África do Sul, eleita Miss Universo 2019, na noite de domingo, 8 de dezembro, em Atlanta, nos EUA. Sua fala, evidenciando a representatividade negra, chamou a atenção do júri, composto só por mulheres.
Zozibini comentou ainda sobre a questão ambiental: “Acho que os líderes do futuro podem fazer mais, mas acho que nós como indivíduos também podemos fazer mais. Desde a sexta série eu aprendo que o nosso planeta está morrendo. Depende de nós mantermos a nossa segurança. Vemos crianças protestando e nós, adultos, podemos cooperar”.
A nova Miss Universo é profissional de relações públicas e foi considerada pelas juradas como a candidata mais completa em todas as fases do concurso entre as 90 que concorreram ao título. Ela é a terceira miss de seu país a vencer a competição. Demi-Leigh Nel-Peters ocupou o posto em 2017, e Margaret Gardiner, em 1978.
Desde 2011, o concurso não elegia uma candidata negra como vencedora. O Miss Universo 2019 deu a segunda colocação para a Miss Porto Rico, Madison Anderson, e a terceira posição ficou com Sofia Aragon, Miss México. Já a brasileira Júlia Horta, ficou entre as top 20, não avançando entre as dez finalistas. O Brasil venceu o concurso em 1963, com Iêda Maria Vargas, e em 1968, com Martha Vasconcellos.