O LUXO QUE RESIDE NA SUSTENTABILIDADE
O que é luxo para você? O significado do termo pode ir muito além daquele encontrado no dicionário. Para a Fabrès, o luxo simboliza a união entre o sofisticado e o consciente. E o mais importante: para a marca, isso não é tendência, mas essência.
Essa reflexão sobre luxo diz muito sobre a trajetória da Fabrès, visto que, construída sob o pilar da sustentabilidade, a marca mostra que o verdadeiro requinte está nas peças únicas produzidas a partir de matéria-prima sustentável e do design atemporal.
A história da Fabrès teve início quando a proprietária da marca, arquiteta e designer de joias Celia Fabris, teve a ideia de desenvolver bolsas exclusivas, com materiais de boa qualidade, a preço justo e diferentes dos modelos encontrados aqui e no exterior. “Nunca havia feito bolsa, nem sapato, mas quando trabalhei como designer de joias, desenvolvi anéis, bra-celetes e outras peças com couro. Quando surgiu a ideia de investir nesse outro segmento, comecei a pesquisar mais sobre este mercado. Durante minhas investidas, descobri exemplares de couro exótico para desenvolver meus produtos.” Após as pesquisas, o primeiro passo foi o desenvolvimento da marca. “Eu ainda não tinha a minha marca, então comecei a criar, trabalhar o conceito e definir quem seria o público a quem eu destinaria o produto. A partir disso, em 2013, surge a Fabrès”, lembra a empresária.
Ser coerente com o que se acredita. Essa é a máxima que move a Fabrès desde o início. O couro usado na produção de suas bolsas e sapatos é proveniente da cadeia alimentar, de modo que a pele que seria jogada fora é reaproveitada para o desenvolvimento das coleções. “Nenhum animal é morto exclusivamente para fazer os meus produtos. Aproveito o couro que seria descartado. Existem muitas famílias sustentadas pela pesca e criação dos animais destinados à alimentação”, explica. Atualmente, a Fabrès utiliza, nas produções, couro de pirarucu gigante, arraia, canela de avestruz, estômago de boi, python, jacaré brasileiro e pirarucu de cativeiro.
Os produtos são desenvolvidos em ateliês da indústria calçadista do Rio Grande Sul, no Vale do Sinos. “Priorizo a produção local, pois quero valorizar a mão de obra qualificada que encontramos aqui, além de ajudar na economia do estado”, assinala. Celia revela que os sapatos e bolsas produzidos pela marca são inspirados nas décadas de 40 e 50, épocas de muito glamour. “As peças que produzimos são desenvolvidas para a mulher que busca elegância e atemporalidade”, completa.
Outro diferencial da marca está na forma como cada novo exemplar das coleções é pensado e desenvolvido. Cada peça nasce a partir de desenhos feitos à mão. Paixão e inquietação são os motores que a movem nessa busca pela exclusividade nas peças produzidas. “Os acessórios que criamos são mais do que peças de estilo: são uma extensão da personalidade de quem usa. Todas as peças são feitas à mão e exclusivas, já que não existem duas peles iguais nem couro natural sem defeitos. O couro exótico tem marcas que fazem parte da sua natureza e podem aparecer em escamas, através de sinais, nódulos e estruturas diferentes em uma mesma pele, o que faz cada peça ser única”, esclarece. Para Celia, a preocupação da marca com cada detalhe da produção vem ao encontro da nova tendência mundial do consumo consciente e do investimento em peças que durem e possam ser usadas em diversas ocasiões. Afinal, “esse é o verdadeiro luxo”, ressalta a designer.